O mar sempre foi a minha fonte de energia, Nos dias de paz observo as ondas e permaneço tranquila, Nos dias difíceis olho a imensidão do horizonte e me lembro que o mundo é bem maior, Nos dias felizes entro correndo e pulando as ondas, Nos dias tristes misturo minhas lágrimas com água salgada,
Outros dias eu só quero sentar sozinha na beira do mar. Uns dias eu o olho e grito: um brinde a vida! Em outros eu quero que ele me leve à outra vida, Respiro fundo e continuo a navegar
“Segura minha mão”, pediu a garota enquanto se apoiava na calota do trailer.
O vento forte bagunçava seus longos cabelos negros. Apesar do vento, o fim de tarde estava quente. O sol já havia se posto mas, a escuridão não estava completa. Era aquela hora do dia que o céu fica laranja-rosa-azul-escuro, tudo ao mesmo tempo…
E o mar reflete todas as cores.
“Pronto. foi difícil chegar aqui, hein?” Reclamou o menino quando ambos já estavam acomodados em cima do trailer. A ideia maluca foi dela, lógico.
Era um trailer velho, daqueles que vende pastel na praia e, estava lá, justamente naquele momento mágico do dia. Os jovens enamorados, se é que assim podemos denominá-los, procuravam um lugar para ficarem juntos em paz.
“Mas tá valendo a pena, não está?” Ela respondeu enquanto admirava o mar. As ondas iam e vinham no balanço característico. As espumas borbulhavam, as cores se misturavam, em instantes o céu ficaria escuro e, a cada onda que se quebrava era como se ela tirasse uma foto com os olhos, queria eternizar aquele momento. Se não fosse em fotos que fosse na memória.
“Em que você tá pensando?” Ele perguntou percebendo a distração da garota
“No infinito….”
Ela via a linha do horizonte que dividia o céu e a terra e queria se teletransportar para lá, para tudo, para tudo que não tivesse fim, para o infinito. Ela não queria apenas estar no infinito, ela almejava o infinito. O infinito do espaço, o infinito do tempo, o infinito do amor. Ela era o infinito com toda sua intensidade.
Ela ainda não sabia, mas aquele momento realmente seria infinito para ela, nas suas lembranças e no seu coração. Olhando para o mesmo ponto, eles sorriam e juntos desejavam. E talvez essa não seja uma história de amor, mas sim de uma energia, uma energia que ainda dura e vai durar toda eternidade, até o infinito.
A vida são lapsos de amor intercalados com fagulhas de dor,
as tristezas e os espaços da vida tem a sua beleza,
é a vida: difícil e bela.
O mundo, tão inóspito e vazio, também abriga uma imensidão de flores, a tristeza tem sua beleza, e faz te lembrar que está vivo. E viver doí, mas também, se não houvessem fagulhas de dor, como reconheceríamos os lapsos de amor?
Fácil seria se pudéssemos apagar e voltar a brilhar todos os dias.
Bem que eu também poderia ser mais forte do que todas as nuvens
do que a escuridão.
Assim, como o maior astro de todos.
Se eu fosse como o maior astro de todos
nada iria me abalar.
Acima do abismo iria poder voar, enxergar a imensidão
esquecer da multidão.
Mas o frio ainda me corrói.
É como um tapa que me traz de volta à realidade.
Ah, se eu fosse como o maior astro de todos…
surf e pôr-do-sol
Astro Rei, uma poesia sobre a natureza
A natureza é um tema recorrente nas minhas poesias, pois é onde eu ganho força e inspiração. Escrever sob o sol, com a brisa do vento ou em conexão com o mar é uma das minhas paixões.
Leia outras poesias sobre natureza, viagem e trasnformação
A natureza, a viagem, a solidão e questões da vida inspiraram a criação do Navegando em Poesia. Um livro que te faz pensar, te mostra outras verdades e e perguntas.
O livro contêm histórias e aventuras que envolvem amor, liberdade, autoconhecimento e muitas viagens.
O perfume exalando no ar,
Ou é a cândida que limpa o chão?
Talvez aquele shampoo, ou uma colônia pós-banho….
Pode ser uma rosa no jardim,
Mas as rosas estão caindo….
Pode ser a chuva, ou meu cachorro molhado
Não quero fechar a porta,
Deixarei lágrimas,
Meu consolo é saber que o cheiro familiar estará sempre lá….
Sempre lá me esperando,
Para me reconfortar,
E mesmo que eu demore para voltar,
O cheiro do outono lembra meu verdadeiro lar
Cores do outono
Transformação e autoconhecimento
Mudanças são dolorosas, mas o poder da transformação é inquestionável. o autoconhecimento é um processo que exige se desfazer e refazer o todo tempo. “Como o outono cheira?” é uma das minhas primeiras poesias. É sobre o sentimento de partir: de casa, do conhecido da zona de conforto.
Viajar é uma das ferramentas que uso para alcançar o autoconhecimento. Transformo tudo que vivo em histórias e poesias e foi assim que surgiu o meu primeiro livro, Navegando em Poesia.
Estou sufocada. Meu oxigênio contaminado, minhas células morrem lenta(mente), Neste quadrado cercado, muitas caras, cheias de cores e pudores, choro… choro e, tento recuperar o fôlego, No meio do cinza, concreto, carros e caminhões, Posso morrer asfixiada, E eles não vão entender nada
Praça Espanha em Sevilha
POESIA E VIAGEM
Buscando encontrar respostas, sai para conhecer o mundo. A viagem trouxe uma realidade diferente de tudo que eu imaginava e muitas outras questões mais complexas. Não encontrei respostas, mas entendi que o mais importante é refletir, não se acomodar, estar aberto para novas realidades.
Transformo aventuras, pensamentos e reflexões e poesias e histórias que compartilho aqui ou no instagram para todos que querem sair um pouquinho da sua zona conforto, seja física ou mental.
Leia outras poesias
“Sufocada” é uma poesia sobre um momento de amargura e prisão é sobre a vontade de partir e buscar uma outra vida. Outras poesias do site relatam momentos diferentes da vida de uma mulher plural.
Depois de viagem ao redor do mundo, nasceu o livro “Navegando em Poesia”. Um livro sensível e curioso, escrito para quem estiver disposto a pensar, aprender e conhecer outros verdades e formas de viver.
Naqueles olhos que eu enxerguei a paz,
hoje refletem o buraco dolorido e sangrento que se abriu em meu peito,
enquanto dormia no aconchego do seu abraço sonhei com nosso paraíso,
ele só existe no meu sonho.
acordei destruída.
olhei o nosso velho quarto pela última vez, ainda sinto o gosto amargo do último gole de café, perdida numa noite fria de verão, só quero mais um trago.
Jornalista de formação, escritora de alma, viajante entre mundo, poeta por sentimentos. Maria Fernanda é uma mulher plural que dá vida aos seus sentimentos por forma das palavras e poesias.
A poesia é uma outra forma, além das crônicas e reportagens, de contar as histórias que a viajante viveu mundo afora.
Entre sentimentos e metáforas nasceu o “Navegando em Poesia” um livro que traz reflexões sobre o mundo e sobre a própria autora. Às vezes de forma leve, sonhadora, outras vezes provocadora.
Navegando em Poesia
Navegando Poesia por Thais Castilho
Para adquirir o ebook de poesia clique aqui. Para ter a versão imprensa só me encontrando em algum lugar do mundo! Acompanhe o site e o instagram para mais informações e lançamentos.
Esse livro é para todos aqueles que se permitem pensar e sonhar!